21/02/2014

Economia doméstica

Mal terminava o jantar as mãos sedentas do marido já a tocavam, engorduradas. Era o último saco, ela pensava, ao se lavar na pia. De manhã afiava a faca, abria o saco e picava mais cebolas  era assim diariamente. Quando acabassem todas as cabeças, ela deceparia a do marido.

A. F.

7 comentários:

  1. Realmente há sacos e "sacos", e cabeças e "cabeças".E um dia pode perder-se a cabeça.
    xx

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  2. Que fim inusitado e forte. Me surpreendi com esse pequeno texto.

    Adorei o blog e voltarei mais vezes. Aguardo a sua visita. Caso goste de lá e siga, me avise; nós retribuiremos.

    M&N | Desbrava(dores) de livros

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  3. Que as cebolas sejam eternas... Enquanto durem.

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  4. que durem as cebolas... o final bem surpreendente, adorei!

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  5. e assim ela vai vivendo seu cotidiano tranquilo...

    dentrodabolha.blogspot.com

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  6. Boa! rs... Que os maridos se cuidem!
    Bjs...

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