Não é por ninguém
que eu continuo escrevendo
esses ridículos poemas pueris.
Acontece que o verbo (um
verbo de luz) está
cá dentro, vivo
ou morto está cá dentro
e não quer sair...
E isso me irrita, sabe...
Isso me irrita tanto...
Mas há esperança (es-
pe-ran-ça: uma palavra chata)
por isso escrevo.
E é só por isso, eu juro.
A. F.