outro à janela em que me vi perder.
Duas rasas covas ternamente abri,
pois cada morto é parte do meu ser,
pois cada morto é parte do meu ser,
e como eu não soubesse o que dizer
um epitáfio a cada um escrevi.
Ao meu primeiro pássaro: Aqui jaz
um amador que, por perder uma asa,
dormita, agora, em ninhos abissais.
E ao meu segundo pássaro: Aqui jaz
a pomba branca que fugiu de casa
e não retorna nunca, nunca mais...
A. F.
* Foto: Natura Morta