Se eu fosse um super-herói
daqueles que salvam gente
(mas nunca se salvam, nunca
de seus próprios acidentes)
acho que eu cortava os pulsos
a c i d e n t a l m e n t e .
Se eu fosse um super-herói
daqueles de aço & tédio
(que só dormem quando à base
de overdoses de remédios)
acho que eu me atirava
do alto daquele prédio.
Se eu fosse um super-herói
daqueles que não tem medo
(mas em seus quartos escuros
choram, baixinho, em segredo)
acho que eu abria o gás
e ia dormir mais cedo...
A. F.
* Imagem: Morbid,
William Wray
Fala sério, ser super-herói é mesmo trágico.
ResponderExcluirBjs... MP.
Ser poeta também é trágico... Hahahah
ResponderExcluirComo admirador da nona arte, sou suspeito para opinar, mas adorei.
ResponderExcluirNão sei explicar porque, mas ao ler me lembrei do filme "Corpo fechado".
Abraço
Eu li no grupo do 642 coisas e fiquei admirada!
ResponderExcluirmeu blog ♥
Pelos vistos é melhor deixar esses papéis para outros.
ResponderExcluirSuper heróis não morrem, porque será?
Beijo
Se eu fosse super-herói, tirava os árabes palestinos daquela guerra
ResponderExcluirSe eu fosse super herói, salvaria o mundo do mal do câncer,
Se eu fosse super herói, acabaria com o bullying das escolas,
Mas, apenas se eu fosse... Como não o sou, resta apenas o paradoxo metafísico de desejar, tentar e não chegar a concluir...