Em criança ouvia contos
— contos para recontar.
Agora, crescido & tonto,
tudo o que faço é contar.
No escritório, o patrão:
— Conte, conte até cansar!
Conto o dia inteiro, então,
contos para não guardar...
Por tamanha contação
fim do mês recebo uns contos
que até dão para gastar.
Mas quando fecha o bar,
a noite é quem conta os contos
e são contos de matar...
A. F.
Gastei todos os meus contos numa noite ao luar.
ResponderExcluirContei, cantei até o dia raiar.
Abreijos!!^^
Uau, esse uso de palavras enriqueceu deveras o poema. Muito profundo
ResponderExcluirAdorei este poema e trata bem a realidade
ResponderExcluirBeijos e ótimo final de semana
http://mylife-rapha.blogspot.com
Delícia de musicalidade... um abraço!
ResponderExcluirBelo jogo formal de palavras (contos e contas) para falar da superfície e da profundidade da vida. Começamos por ouvir e re-contar contar contos de de encantar, para acabarmos por contar a dor.
ResponderExcluirxx