Delicadamente ponho
os retratos na estante -
fundem-se poeira e sonho
nas relíquias do viajante.
Demoradamente ponho
os retratos na estante -
fundem-se poeira e sonho
nas marcas do elefante.
Desgraçadamente ponho
os maus-tratos na estante -
fundem-se poeira e sonho
nos retratos do aspirante.
A. F.
O passado é delicado, não tem volta, não tem cópias, é irreversível. É preciso ter cuidado como a um velho papiro.
ResponderExcluirhttp://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/
Mas o passado tem o incrível poder de alterar o futuro, por mais longínquo que este seja...
ResponderExcluirGostei do seu blog, estou seguindo!
Abraços!
http://pecasdeoito.blogspot.com.br/
Sentido, sonoro, sinuoso...
ResponderExcluirBeijo, cavalheiro!
(agradeço tuas palavras generosas no válvula de escape)
oi André
ResponderExcluirA nostalgia explícita em cada verso. Viver o presente pois o passado não pode ser revertido e nem compactuar com o incerto futuro.
Beijos
Gracita
A estante é observadora de muitas passagens das nossas vidas...poeiras e sonhos convivem num mesmo ser e entornam o presente. Um abraço!
ResponderExcluirImagens fortes e delicadeza no sentido! Outro de seus poemas surpreendentes! Evoé!
ResponderExcluir