28/12/2012

Esses ridículos poemas pueris

Não é por ninguém
que eu continuo escrevendo
esses ridículos poemas pueris.

Acontece que o verbo (um
verbo de luz) está
cá dentro, vivo
ou morto está cá dentro
e não quer sair...
E isso me irrita, sabe...
Isso me irrita tanto...

Mas há esperança (es-
pe-ran-ça: uma palavra chata)
por isso escrevo.

E é só por isso, eu juro.

A. F.