18/04/2015

Sobre as calopsitas

Houve um tempo
em que era preciso morrer
— e nós morríamos,
de câncer ou de tiro,
de agá-i-vê ou aéroplano...

A gente adorava morrer
— e morríamos aos montes
em guerras tão bonitas,
genocídios adoráveis,
suicídios exemplares...

E nossos jardins
eram imensos cemitérios...
E nossas casas
eram repletas de fantasmas...

A. F.

3 comentários:

  1. Quando conseguimos nos libertar dessa sina, vivemos, de fato. Um abraço, André.

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  2. gostei do tom certo que conseguiste para falar de um assunto do qual tantos fogem... acho que faltam fantasmas nas casas, ng acredita em nada que não seja o Deus google,rsrs bjs

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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