Nós, os navegantes
da contra maré,
aos olhos da massa
andamos em ré.
Em ré seguem eles
as linhas traçadas.
Não cabem nos mapas
ilhas inventadas...
Na praia de ossos
encontram a paz.
São livros fechados
na beira do cais...
Tão jovens infantes
seguimos de pé,
nós, os navegantes
da contra maré.
Nós, os fabricantes
da contra razão,
negamos cantar
a mesma canção.
Nós, os navegantes
da contra maré,
trazemos no passo
um novo balé.
Nós, os navegantes
— ou vou eu sozinho?
buscando, já louco,
alguém no caminho...
A. F.
* Desenho: Os últimos navegantes
(35 x 25 cm) de Daniloz
Muito Belo, Parabéns André.
ResponderExcluirPoesia em estado puríssimo!
ResponderExcluirSalve Andre Foltran!
Abraços.
Grande poeta, você, André!
ResponderExcluirGostei muito, André!!!!!
ResponderExcluirPrazer em conhecê-lo, poeta!!!!!
ResponderExcluir" Nós, os navegantes
- ou vou eu sozinho?
buscando, já louco,
alguém no caminho..."
Já aqui desvelei um pouco dessa alma navegante louca pela pureza na poesia!
beijos