Os homens estão sentados,
a alma fugiu dos homens.
Calados estão, calados...
(Por dentro sussurram nomes.)
Os homens estão cansados,
o corpo venceu os homens.
Parados estão, parados
enquanto urubus os comem...
Os homens estão deitados,
a noite cobriu os homens.
(Os olhos se tornam fado
fadado aos lobisomens...)
A. F.
* Desenho de
* Desenho de
Eduardo Flores
Excelente, meu caro!
ResponderExcluirxoxo
Que sequência do caralho. Muito bom, velho.
ResponderExcluirA crueza da realidade, André.
ResponderExcluirTodos nós seremos vencidos pelo nosso corpo, homens e mulheres, e a alma acabará sempre por nos ir fugindo nesse processo. Todos seremos cobertos por essa inevitável noite imensa e sem tréguas. É o nosso fado comum.
Agradeço a tua visita ao meu humilde blog, que agora retribuo com todo o prazer.
xx
Acho que Fred está coberto de razão. O poema é fortíssimo.
ResponderExcluirAbr.,