Confesso:
eu sou o câncer maligno
do meu trisavô.
Isso explica as mãos
escuras e armadas
e os olhos castanhos
fincados à beira
do abismo; mas...
e a língua? (esta
minha língua de fogo
lambedora de séculos
...) Qual a origem?
A. F.
Deve ser a da fatalidade do eterno retorno...
ResponderExcluirAbr.,
Assino em baixo. Também ia aludir ao bigodudo.
ExcluirDesvendar a origem é sempre instigante. É um alimento muito interessante para a poesia. Nesse devaneio encontramos respostas nunca antes supostas e perguntas ainda mais turbinadas.
ResponderExcluirAguardo sua visita no meu blog, André!
Abraços
André, gostos seus poemas porque me fazem pensar.
ResponderExcluirSerá esse câncer maligno algo que foi mau, que acabou e se salvou nas gerações seguintes, o escuro de um ponto de vista simbólico, é claro...
Quanto aos olhos castanhos e à língua, senti algo de muito erótico nisso.
Cada um pode ler como quiser, não pode?...:-)
Desculpe, falo sempre demais.
xx
Duplamente assustador: a palavra justa para o sentimento exato. Parabéns! Filiei-me.
ResponderExcluirA língua milenar, qua anuncia as revoluções, problemas e soluções, e fala demais e cala. E declara e diz o que não ouviu, o que não ouve. E clama nos desertos e morre a mingua.
ResponderExcluirhttp://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/