* Imagem: Kids,
Daido Moriyama
Garotos
de 14 e quinze anos
vagueiam pelas ruas
da cidade iluminada
à procura de
qualquer coisa
leve.
Reparem nesses garotos
de 14 e quinze anos
que não pensam casar e
ter filhos, dois.
Que não aspiram
viver depois dos
30.
Eles não são os primeiros da
classe, nem
os últimos. Seus rostos não
serão lembrados ou
esquecidos — sequer
os fitaram.
Eles não criaram nada, nem
criarão. Não serão médicos,
operários ou funcionários
públicos.
Seus pais estão mortos e
seus avós são
velhos demais para
dançar.
Atrás da igrejinha protestante,
eles abaixam as calças e
trepam. Garotos de
14 e quinze anos.
A. F.
poxa, que forte, quanta dor e verdade, façamos as revoluções poéticas amigo...
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