O poeta é um pecador.
Peca tanto, e tão somente,
que tem de fingir licor
o sangue que traz nos dentes.
E os que leem o que escreve,
E os que leem o que escreve,
na bebida sentem bem —
até o anjo, quando bebe
aos demônios grita: Amém!
E assim, embriagados,
sem dor nem religião,
conduzimos nosso arado
sobre ossos do coração.
A. F.
A. F.
Poema muito foda! parabéns
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