14/08/2013

14/08/13

Nos dias normais
oscilo entre o inferno
e o tédio.

Mas há um retrato,
feito de foice,
vindo de frente
com o para-brisa.

Há um retrato,
de corpo & alma,
manchando tudo
de cana & sangue.

Há um retrato
pintando o céu
de cores débeis
pois impossíveis.

Estenda as mãos, mulher... já pode tocá-lo!
Oh, que manhã! Que momento!

Só vê Deus quem encara
os olhos da morte...


(Só
se vê Deus uma vez.)

A. F.

4 comentários:

  1. Em memória de Kelly.
    Muito bem escrito André.

    xoxo

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  2. As pinceladas deste retrato são vigorosas, marcadas. Não há como sair incólume desta pintura.
    Abraços,

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  3. Com tantos deuses e tantos olhos e olhares. Só uma mesmo?
    Abraço.

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